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Odivelas de Cimento

Contra a invasão do betão, pela qualidade de vida de quem vive no nosso Concelho !

Contra a invasão do betão, pela qualidade de vida de quem vive no nosso Concelho !

Odivelas de Cimento

28
Abr07

Carta de leitor identificado

antonio ribeiro

Caro Sr. António Ribeiro,


Antes de mais, felicito-o pelo blogue “Odivelas de Cimento”.


Habito em Odivelas, mais propriamente nas “famosas” colinas do cruzeiro, faz agora 3 anos, e, realmente, ando triste com a conquista do betão sobre espaços verdes. São cada vez mais prédios sob prédios.


Para levar a minha filha a um parque infantil tenho que praticamente sair do concelho.


Agora com o novo “folclore” político, em relação à presidência da Junta de Freguesia de Odivelas e o respectivo conflito com a Câmara de Odivelas, alguns assuntos que podiam ser resolvidos “rapidamente” estão esquecidos.


É assim, no dia 11 de Abril enviei um e-mail à JF Odivelas a dar conta do mau estado da estrada na Rua D. João de Castro (ao Chapim):


“Caros Senhores,


O piso da Rua D. João de Castro (Chapim) está em muito mau estado.


Na curva em frente a uma creche e ao lado da Divisão Jurídica da Câmara Municipal de Odivelas, estão dois buracos que, pela sua dimensão (grandes mesmo!), dificultam muito a passagem dos automóveis até porque circulam também muitos autocarros da Rodoviária Nacional.


As pedras que faziam de “base” ao alcatrão estão soltas, o que origina o arremesso das mesmas por parte dos automóveis atingindo outros que estão estacionados.


Esta situação pode agravar-se se as ditas pedras atingirem alguma pessoa. Esperemos que isso não aconteça.


Com os melhores cumprimentos,”


Passada uma semana e como não obtive resposta, voltei a contactar a Junta de Freguesia, no dia 19, e dessa vez, acrescentei fotos, para justificar a urgência na reparação dessa estrada:


“Exma. Sra. Presidente da Junta de Freguesia,


Como não obtive resposta ao e-mail que enviei à uma semana atrás (nem como cortesia de recebido), em relação ao estado de degradação da estrada na rua D. João de Castro, venho deste modo mostrar fotos desses mesmos buracos que a cada dia que passa ficam maiores...


As fotos foram tiradas hoje, a qualidade não é a melhor, mas mostram bem a dimensão dos ditos buracos.


Será assim tão difícil tapar aqueles buracos? Ninguém ligado à Junta de Freguesia notou nada de anormal naquela estrada?


Reparei que no site está noticiado a criação de “Piquete de Intervenção Rápida”. Mas só por telefone é que o serviço funciona?


Na esperança deste problema ser resolvido brevemente,


Subscrevo-me, com os melhores cumprimentos,”


Como solicitei confirmação de leitura pelo e-mail, dei conta, desta vez, que a mensagem foi lida.


Hoje, mais uma semana passada, e nada.


Cumprimentos,


João Pedro Oliveira


 

15
Abr07

No país dos socialistas...

antonio ribeiro

Varges.jpg  Manuel Varges, destacado militante do PS e presidente da Câmara de Odivelas desde a constituição deste concelho em 2002, vai assumir uma das vice-presidências da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo.



Deste modo, o ex-deputado socialista, que irá ganhar cerca de quatro mil euros naquele organismo público, é mais uma colocação de militantes do PS em cargos públicos, depois de o Governo de José Sócrates já ter nomeado o ex-eurodeputado socialista Carlos Lage para a CCRD Norte.

Ao que o CM apurou, Manuel Varges, que não se recandidata à presidência da autarquia nas eleições de 9 de Outubro, vai substituir Fernando Ferreira, representante do PSD naquele organismo. Com esta ‘transferência’ do presidente da Câmara de Odivelas para a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo, o PS fica com, pelo menos, dois militantes na equipa directiva deste organismo: Manuel Varges e o presidente Fonseca Ferreira, que já presidia a anterior equipa directiva. Uma das outras vice-presidências é ocupada por Fernanda do Carmo, que já trabalhou com José Sócrates e substituiu Catarina Cottinelli.

Nas últimas duas semanas, o ministro do Ambiente, que tutela as CCDR, introduziu alterações nas equipas destes vários organismos. Ao que o CM apurou, as escolhas dos membros das CCDR, apesar de serem da responsabilidade de Francisco Nunes Correia, um independente que o primeiro-ministro José Sócrates convidou para o Executivo, foram articuladas com António Costa. Tudo porque o ministro da Administração Interna, através de Eduardo Cabrita, secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, tutela a Direcção Regional das Autarquias Locais.

O gabinete da presidência da Câmara de Odivelas “desconhece em absoluto” a ida de Manuel Varges para a vice-presidência da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo. E garante que “o presidente estará em exercício até ao final do mandato”. De facto, Manuel Varges deverá assumir o novo cargo público na terceira semana de Outubro, depois da publicação dos resultados eleitorais das eleições autárquicas de 9 de Outubro. Depois de ter liderado a criação do concelho de Odivelas, o actual presidente da Câmara preferiu não se recandidatar ao cargo.

DETALHES

LEGISLAÇÃO ALTERADA

Em Maio de 2003, o Governo de Durão Barroso aprovou o decreto-lei 104, de 23 de Maio, onde era estipulado que a presidência das comissões de coordenação de desenvolvimento regional era feita através de eleição. O Governo PS alterou este diploma, passando a equipa das CCDR a ser nomeada pelo Governo.

CCDR NORTE

Carlos Lage, ex-eurodeputado do PS, assumiu recentemente a presidência da CCDR Norte. As vice-presidências são ocupadas por Ricardo Magalhães, José Manuel Gaspar Martins e Alfredo Manuel Pires Simões.

CCDR ALGARVE

Campos Cruz mantém-se como presidente da CCDR Algarve. Catarina Cruz é uma das vice-presidentes.

PERFIL

Manuel Porfírio Varges é um dos principais responsáveis, senão mesmo o principal, pela criação do concelho de Odivelas. Deputado pelo PS na década de 90, Manuel Varges assumiu a presidência da Comissão Instaladora do Município de Odivelas (CIMO), em 20 de Janeiro de 1999, quando o então ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território, João Cravinho, dá posse à dita comissão. Depois de três anos de administração, a CIMO cessa funções. Vencedor nas primeiras eleições autárquicas no concelho, realizadas em Dezembro de 2001, Varges toma posse como presidente, no dia 4 de Janeiro de 2002.</aux></texto>

Correio da Manhã (20.09.05) / António Sérgio Azenha com S.R.
01
Abr07

Simplex Ambiental, precisa-se

antonio ribeiro
Estes são alguns excertos de uma entrevista dada pelo Eng. Carlos Pimenta a Clara Pinto Correia no blogue VIRIDARIUM, onde pode ser lida no local original e na íntegra aqui (clique) , passo a citar:

(...) Quando falas de energias renováveis que toda a gente em Portugal pode usar se quiser, estás a pensar exactamente em quê?

Em coisas tão simples como instalar em casas paredes que absorvem o calor durante o dia e o libertam à noite, ou em forros de cortiça. Ou no biogaz dos aterros sanitários, ou nos sistemas fotovoltaicos. Nas condutas de água de reg
a podem instalar-se micro-turbinas dentro dos canos. É ridículo, o que nós não fazemos.

Desperdiçamos tudo, até a energia solar, até a matéria orgânica que, à falta de outra iniciativa, é atirada para as ribeiras em quantidades gigantescas, e ainda tem o problema de poluir
a água. Temos complexo de país rico, e ainda por cima nenhum país rico faz isto – e, por isso mesmo, é que é rico. (...) Sessenta por cento da electricidade consumida no país é desperdiçada nos edifícios.

Uma casa de habituação não precisa de ter ar condicionado. Se estiver bem isolada, não precisa mesmo.
Sabes que cinquenta por cento da energia que se consome se perde através do telhado? Basta um bom isolamento do telhado, que até podemos fazer p
or nós próprios com rolhas usadas, e isso acaba-se. Depois é importante instalar janelas de vidro duplo com vácuo no meio. Digo-te uma coisa: este escritório não tem aquecimento nem ventilação. E estamos bem, não estamos?


Além disso, podemos sempre instalar paineis solares para o aquecimento da água, com a quantidade
de horas de sol que cá temos: fazes um investimento inicial de 3500 a 5000 Euros, que podes pagar em sete anos, o teu duche passa a ser de graça e reduzes substancialmente as despesas para a aquecer a água nas máquinas. E isto dura-te vinte ou 25 anos.

Estás a ver, nem precisas de querer salvar o planeta para fazeres estas opções: basta-te quereres reduzir as tuas despesas energéticas.

(...)..a nossa legislação fiscal só mete água. Repara neste disparate. Compras uma casa. Queres isolá-la toda muito bem? Pagas 21% de IVA. Queres instalar uma boa caldeira de gaz natural? Pagas 12% de IVA. Continuas a gastar recursos e a contaminar o ambiente, e limitas-te a eleftrificar tudo? Pois bem, só pagas 5% de IVA!

O melhor sistema de consumo é o mais penalizado. Faz algum sentid
o? Premeia-se a forma mais parva de aquecer ou refrescar a casa, que tem que ser queimada termicamente no Carregado ou tirada do carvão em Sines, depois perde 11% nas linhas eléctricas, perde ainda mais com os equipamentos de conversão da electricidade, e acaba por só ter 25 ou 20% da eficiência original. São grandes erros, que desmotivam as pessoas, claro.



(...)Então fala-me de outras coisas simples que podemo
s fazer.

Podemos arrancar todas as lâmpadas convencionais, que só dão vinte por cento de luz e os restantes oitenta por cento são calor. E as de halogéneo ainda são piores. Em vez disso, instalamos lâmpadas económicas, daquelas fluorescentes pequeninas que há no Aki, no Jumbo, em qualquer grande superfície. Estas lâmpadas têm cinco vezes mais potência que as outras fontes de luz, e agora apareceram outras que nem sequer têm gasto de energia. Não é melhor para toda a gente?



(
...)Também passamos pelo mesmo com os automóveis.


Podemos sempre comprar um Smart. Ou então um híbrido, que é a melhor solução. Arranca-se com o motor eléctrico, e basta um sinal vermelho para o motor se desligar. Um motor normal está sempre a funcionar, mas estes só funcionam quando é mesmo preciso. Também se desligam nas descidas. Mesmo que não estejas a querer evitar o aquecimento global, sentes os resultados na carteira. É de tal maneira que as grandes empresas que não quiseram saber dos híbridos, como a Ford ou a General Motors, hoje estão falidas; enquanto que a Toyota, que investiu nisto a fundo, é a marca com maiores vendas e tem toda a gente na lista de espera para comprar um híbrido.

(...) O nosso sistema de deslocações é suicida. Parece que os governos portugueses não conseguem gerir sistemas grandes e complexos. Deixam o caminho de ferro ao abandono a acumular centenas de milhões de Euros em dívida
s, descuram os portos e aeroportos, e apresentam uma oferta péssima à população.


Também não temos comboio para atravessar a ponte Vasco da Gama, que já foi construída quando todas essas coisas estavam mais que estudadas.
Bem essa foi uma daquelas guerras que eu perdi e não posso perdoar a mim próprio. Fazer a ponte naquele sítio, antes de mais nada, implicou a destruição dos soberbos terrenos agrícolas do Montijo e de Alcochete.

Foi dar carne do lombo à construção civil, enquanto que, no Barreiro, temos centenas de hectares contaminados mas que fazem parte de uma frente de rio magnífica, com uma vista linda para Lisboa.
Ainda por cima, a Vasco da Gama, feita de raiz recentemente, não tem comboio; e, na 25 de Abril, só devia passar o metro. Não pode lá passar um TGV, por exemplo. Mas isso seria possível se se tivesse feito a tal ponte no Barreiro. Ficavam todas as linhas ligadas, aéreas e subterrâneas, o metro juntava-se ao comboio, desapareciam as barreiras físicas entre o Norte e o Sul, era perfeito para os nossos problemas de mobilidade.

Além de que se poderia ter construído uma cidade fantástica, aberta para a margem, onde o terreno não sustenta agricultura, em vez de encher de caixotes de habitação os solos magníficos onde desagua a Vasco da Gama. Resultado:


Portugal tem um dos PIBs mais baixos da União Europeia e está entre os cinco países com mais automóveis particulares por habitante! Isto, além de afectar a qualidade de vida das pessoas, encharca o ambiente em dióxido de Carbono.
Sabes que Portugal está completamente em falta em relação aos acordos de Kyoto? Ninguém gosta de dizer isto, mas, em termos de impacto global do nosso comportamento pessoal, estamos a portar-nos tão mal como os americanos.

O ar da Avenida da Liberdade, apesar do vento marítim
o que vem da Serra de Sintra, é o mais poluído da Europa!

Então vamos já ao que aqui nos trouxe: tu achas que é por causa do aquecimento global que o nível do mar está a subir e a Caparica e o Algarve estão a desaparecer?

E isso também vai acontecer na Ria de Aveiro. Em relação à Caparica, que é neste momento o exemplo mais dramático dessas consequências de má gestão humana da paisagem e do ambiente, nunca se deveria ter destruído o banco de areia que, até há cerca de trinta, quarenta anos, sempre ligou o Bugio à Cova do Vapor. Fazia-se aquele caminho todo a pé, lembras-te? Destruiu-se o equilíbrio das areias, que costumavam ser empurradas todos os a
nos para aquela zona. Por outro lado, a construção mesmo em cima das arrribas fez aumentar dramaticamente o nível de erosão.

E, por cima de isto tudo, de facto, temos a subida global do nível do mar por causa de todo o gelo que está a derreter nos pólos, em consequência do aquecimento da atmosfera causada por acumulação de dióxido de Carbono libertado pela actividade humana.
Essa parte, claro, não afecta só a Caparica. Todos sabemos que isto está hoje em curso em todo o planeta, e que está a ser terrivelmente rápido.



Tu vais à Gronelândia e vês a linha de recessão de glaciares, e olha que não são centímetro
s, são metros e metros de gelo que desaparecem todos os anos. Os ursos polares, que não tinham quaisquer problemas de sobrevivência, estão hoje ameaçados de extinção porque as placas de gelo no Ártico estão a ficar tão finas que se partem quando eles tentam subir para cima delas – e, depois de horas e horas sem conseguirem pisar terra firme, morrem afogados.

Se isto continuar a evoluir no mesmo sentido, se não fizermos nada, vamos ter consequências terrív
eis ainda dentro da nossa expectativa de vida, dentro de vinte ou 25 anos.


E o que me desespera mais é que já desde 1991 que se sabe isto tudo! Nessa altura o Al Gore já tinha exactamente os mesmos slides que agora mostra no filme. A primeira reacção política internacional foi que não havia a certeza de que isto estava a ser causado pelo homem, depois que não se tinha a certeza que era do dióxido de Carbono, depois que não podiam por-se travões aos países em desenvolvimento como a Índia ou a China...

É exasperante. Espero que, em Portugal, toda a gente tenha finalmente acordado com esta tragédia da nossa costa.






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